A Petrobras confirmou neste domingo (14) que está discutindo mudanças na política de preços para diesel e gasolina. As alterações já estão passando por análise da diretoria da estatal nesta semana, segundo o comunicado da companhia. A avaliação pode “resultar em uma nova estratégia comercial para a definição de preços de diesel e gasolina”, acrescentou o comunicado.
De acordo com a Petrobras, as eventuais mudanças serão definidas a partir de estudos técnicos e seguirão as práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis. Porém, o comunicado não traz um prazo definido para que essas mudanças sejam anunciadas ou implementadas.
A política atual de preços dos combustíveis é calculada em dólar e segue a cotação internacional do petróleo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia mencionado a necessidade de “abrasileirar” a política de preços dos combustíveis durante a campanha eleitoral. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também afirmou na última sexta-feira (12) que a empresa irá reavaliar os preços dos combustíveis e divulgar informações sobre a nova estratégia de preços.
Prates enfatizou que a Petrobras buscará evitar extremos como a falta de reajustes em 2006 e 2007 ou o excesso de reajustes em 2017, que levou à greve dos caminhoneiros. Ele afirmou que a decisão da Petrobras será baseada em um critério de estabilidade versus volatilidade e que a empresa buscará manter a competitividade no mercado, ao mesmo tempo em que agradará aos caminhoneiros.
Vale lembrar que a última greve dos caminhoneiros em maio de 2018, que durou 11 dias, gerou uma crise de abastecimento em todo o país e fez com que o governo federal interviesse na política de preços da Petrobras. Desde então, a estatal adota uma política de preços que busca alinhar os preços dos combustíveis no mercado doméstico com os preços internacionais, mas que permite ajustes para cima ou para baixo com maior frequência.